Nesse último final de semana me aventurei por São Bento de Sapucaí, na fronteira entre São Paulo e Minas Gerais, próximo a Campos do Jordão. Lá existe um famoso paredão com mais ou menos 1900 metros de altitude, se não me engano, a pedra do Baú. Um passeio comum é subir a escadaria de ferro até o topo para apreciar a vista. Resolvi me lançar nessa experiência, claro que com equipamento de segurança.
Aproveitei o momento para levar minha atenção para o padrão de funcionamento da nossa mente, da minha mente, entre outras coisas, é claro. O passeio foi muito agradável e cansativo também.
Eu estava empolgado por subir na pedra, mas ao mesmo tempo com medo, ansioso. Na minha cabeça vinham vários pensamentos como: “por que você decidiu fazer isso? Isso é muito perigoso, você vai ter um ataque de pânico lá em cima”. Tudo isso surgiu em minha mente, em algumas etapas da subida, mais intensamente na primeira quando olhei para baixo pela primeira vez. Senti uma ansiedade forte, meu coração acelerou, tive receio de passar mal e de soltar a escada. Toda sorte de pensamento invadiu minha cabeça. Minha mente estava trabalhando de maneira eficaz no que sabe fazer melhor, me preparar para o perigo, tentando me proteger.
Me dei conta do processo, reconheci que estava ansioso, algo natural, notei minha respiração acelerada, aperto no peito e membros tremendo. Segurei firme e me conectei com meus valores no momento como determinação, atenção, coragem, responsabilidade, segurança. Deixei os pensamentos irem e virem naturalmente e a ansiedade e medo caminharem por mim também sem brigar. Achei uma experiência formidável. O medo, ansiedade surgiam, minha mente produzia toda sorte de catástrofes e busquei focar no que desejava no momento, levando atenção ao presente e me engajando em subir a escada de maneira concentrada e sem desespero.
Esse tipo de atividade ajuda a exemplificar como nossa mente funciona, justamente pois fica tudo muito evidente diante de uma ameaça real, de integridade física. Claro que nossos perigos hoje em dia são diferentes. É um trabalho a ser entregue, uma avaliação da chefia, que os pacientes vão achar…
Treinar habilidades de reconhecer e permitir experiências internas e se engajar no que se deseja é a base da flexibilidade psicológica, e sendo assim, alicerce para lidar com a ansiedade, direcionando-a num tributo a nossos propósitos.
Dr Caio Magno – Psiquiatra e terapeuta
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