A epidemia começou há quase dois meses, inicialmente restrita ao outro continente. Víamos pela televisão e internet como as medidas extremas estavam afetando a população da China e Itália. Parecia algo muito distante e era. Aqui ainda estávamos curtindo o carnaval e a morosidade do início do ano no Brasil. E de repente da semana passada para cá tudo mudou! Da vida normal de trabalho, casa, atividade física, mercado, passamos a ficar ligados o tempo todo na TV, reclusos e sem saber o que vai acontecer.
E o que vem junto com essa incerteza e mudança extrema que parece que nem é real, como se fosse um filme? ANSIEDADE! Ela é a emoção da dúvida, do desconhecido e da mudança. Estamos apreensivos com o que pode acontecer aqui no Brasil, com os riscos relacionados à saúde, principalmente aos nossos familiares idosos, mas também preocupados com a economia, trabalho, educação de filhos etc. De uma hora para outra todo panorama mudou. E estamos tensos, apreensivos, precisando nos adaptar a essa MUDANÇA.
Estar ansioso diante disso é natural; saímos da rotina e a repetição traz segurança. Acordar, tomar café, trabalhar, regressar, jantar, dormir e sair de novo para o trabalho. Houve uma quebra, cheia de novidades. Agora o trabalho quando dá para ser feito é de casa. As crianças ao invés de estarem na escola procuram o que fazer em suas residências e com o fantasma do vírus (que é real) rondando. Cuidado com seus avôs! Lave as mãos! Passe álcool gel!. Não toque no rosto! Fique em casa! Ufa!
Como lidar com essa ansiedade? Como permanecer saudável e se engajar na vida sem ser levado pela turbulência?
Considere que neste momento estar ansioso é normal. Não busque o contrário, ou seja, estar tranquilo e seguro o tempo todo pois é impossível. O momento é de insegurança.
Faça o que tem para fazer no seu dia. Se tem trabalho, trabalhe. Se sobra mais tempo livre se engaje em outras atividades que deseje como hobbies, diversão, convívio social em casa, filme, etc.
Se você se concentra no que tem para fazer, não perca seu tempo ruminando o que não dá para fazer. É um gasto de energia desnecessário e a raiz da amplificação da ansiedade. O antídoto é voltar para seu dia, aja no que dá para agir.
Se você tem algum problema emocional em tratamento mantenha! É uma turbulência momentânea e passará.
É claro que não existe receita de bolo para saúde mental. Existem pessoas mais vulneráveis que outras e até com uma resiliência enorme do berço. Agora, saiba que todos podemos enfrentar e lidar com a turbulência e ficar bem. É como uma onda que vem gigante e podemos surfar nela ou bater de frente. A onda (ansiedade) vem, a escolha é nossa, surfar ou nos debatermos no mar, deixando a ansiedade nos afogar.
Dr Caio Magno – psiquiatra e terapeuta. Estar Saúde Mental, São Paulo.
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