Tratamento da Síndrome do pânico ou Transtorno de Pânico?
Primeiro vamos entender que é um quadro ansioso com as seguintes características: crises de ansiedade recorrentes e inesperadas com palpitações, falta de ar, formigamento das mãos, sudorese, sensação de frio, tontura, náusea e tremores.
Nem todas pessoas apresentam os sintomas completos e algumas crises são bem diferentes de outras.
O tratamento costuma ser com psicoterapia, medicação ou uma combinação de ambos. Confira abaixo!
Síndrome do pânico ou transtorno de pânico é um quadro ansioso com as seguintes características. São crises de ansiedade recorrentes e inesperadas com palpitações, falta de ar, formigamento das mãos, sudorese, sensação de frio, tontura, náusea e tremores. Nem todas pessoas apresentam os sintomas completos e algumas crises são bem diferentes de outras.
A base do pânico do ponto de vista cognitivo-comportamental é a catastrofização de uma sensação física que a pessoa sente. Mais comumente se observam como principais focos as sensações do coração (acelerado) e respiração (aperto no peito, sensação de que o ar não está fluindo). A pessoa que tem pânico costuma apresentar uma atenção autocentrada exagerada de modo que observa sinais físicos normais como sinais de que algo muito errado está acontecendo. A partir desse pensamento exagerado há um incremento da ansiedade que por sua vez se reflete em mais pensamentos negativos como: “vou morrer, estou com uma crise, um infarto”. O que ocorre então é um ciclo vicioso de pensamentos catastróficos de risco iminente à vida da pessoa, aumento de ansiedade e sensações físicas dessa ordem.
Após as crises de pânico a pessoa costuma ficar exaurida pela grande liberação de catecolaminas e substâncias relacionadas ao estresse e passam a temer ainda mais uma nova crise ou sensações relacionadas às crises. A atitude geralmente passa a ser adoção de comportamentos de busca segurança como: observar sensações do corpo, ter alguém presente, evitar locais onde houve crises etc. Por incrível que pareça esses comportamentos são o motivo para a manutenção do pânico. A pessoa acredita que só não tem crise pois adota tais atitudes. Muito pelo contrário, ao adotá-las mantém a percepção de que o pânico e ansiedade são coisas intoleráveis, e pasmem, alimentam o pânico.
O tratamento envolve reestruturar os pensamentos catastróficos e aumentar a tolerância da pessoa ao desconforto gerado pela ansiedade. Geralmente são realizadas exposições e indução de pequenas crises justamente para que o paciente perceba que não precisa temer suas sensações e ansiedade. A terapia cognitivo-comportamental costuma ser bem eficaz e as medicações também.
Os remédios utilizados são principalmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e os inibidores da recaptação de noradrenalina e serotonina.
Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.
Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.