Tratamento Bipolaridade

Como é o tratamento da bipolaridade?

Bipolaridade ou transtorno bipolar é um quadro muito mal entendido entre a população. Muitos pacientes costumam dizer que são meio bipolares e se identificam com o nome. O erro reside numa questão de significado. A palavra bipolaridade traduz polos opostos e por isso as pessoas costumam comparar sua variação do humor com isso, concluindo que tem bipolaridade. É importante considerar que apresentar variação do humor é normal, ficamos tristes, ansiosos, irritados e quase todos quadros psiquiátricos apresentam variação do humor.

O que significa de fato a bipolaridade?

Na bipolaridade, quando nos referimos a isso, estamos falando de dois quadros: depressão e mania.

Tratamento de bipolaridade

Como é o tratamento de bipolaridade?

Como diagnosticar transtorno bipolar?

Uma pessoa tem diagnóstico de bipolaridade quando apresenta episódios de mania ( euforia, aumento de energia, aceleração do pensamento , desinibição, irritabilidade, aumento de atividade, etc) e episódios depressivos ( tristeza, anedonia, falta de energia, angústia, baixa auto estima). Para apresentar tais quadros é necessário que os sintomas tenham um impacto e duração características, ou seja, difere de apresentar tristeza, alegria, aumento de energia fugazes, coisa normal.

Como tratar transtorno bipolar ou bipolaridade?

O tratamento envolve medicação (estabilizadores do humor) e regulação dos hábitos de vida, preservando sono e reconhecendo se o humor está mudando de polo, sendo possível construir estratégias para manter o bem estar.

Psicoterapia serve para bipolaridade?

Na bipolaridade o tratamento com medicação é muito importante para evitar a progressão da doença. No entanto, a psicoterapia tem um papel fundamental. Entender as próprias dificuldades e como lidar de maneira melhor faz parte de qualquer tratamento psiquiátrico. Tomar conhecimento do próprio humor, quando começa a haver uma mudança, dos gatilhos, dos fatores desencadeantes e também entender o que é saudável e mantem a saúde equilibrada é fundamental.

Bipolaridade tem cura?

Não falamos de cura para problemas psiquiátricos ou emocionais pelo simples motivo: quem teve um episódio na vida pode ter de novo. Se você teve depressão e se recupera de um episódio pode sofrer de um outro adiante. Não temos controle sobre isso e vale para todo mundo.

Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.​​​​​​

Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.

Já era terapeuta cognitivo-comportamental e entendia que o sofrimento está bem relacionado a como as pessoas avaliam a si mesmas, o mundo, as pessoas e o seu futuro. Percebi que ainda faltava algo e decidi estudar. Encontrei vários dados científicos relacionados aos benefícios das práticas de atenção ao presente momento (mindfulness) para ansiedade, depressão, dor, ou seja, conhecimento validado pela ciência como eficaz.

Com o mindfulness, além de trabalhar o conteúdo psicológico, passei a entender também como as pessoas se relacionam com os mesmos. Partindo da perspectiva de que a mente tem um funcionamento próprio,  de que é uma grande fábrica de informações e nem sempre boas sobre nós mesmos. Mudar a atitude diante dos pensamentos, emoções e impulsos tem um benefício para o manejo de ansidade, depressão e eleva o bem estar.

Meu trabalho como psiquiatra integrativo nasce da convicção de que compreender o ser humano vai muito além de tratar sintomas. A mente, o corpo e as emoções formam um sistema único — e cuidar da saúde mental requer olhar para todas essas dimensões com ciência, empatia e presença.

Integro o rigor da psiquiatria baseada em evidências com os recursos da psicologia contemporânea, especialmente as abordagens cognitivo-comportamental (TCC) e de aceitação e compromisso (ACT), aliadas às práticas de mindfulness e à promoção de um estilo de vida saudável e consciente.

Essa integração permite que o paciente compreenda seus processos mentais com clareza, aprenda a lidar melhor com pensamentos e emoções e desenvolva autonomia para cuidar da própria mente.

Mais do que apenas aliviar sintomas, o propósito é favorecer crescimento emocional, equilíbrio e reconexão com o que dá sentido à vida — um caminho de autoconhecimento sustentado pela ciência e guiado por uma escuta verdadeiramente humana.

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