Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é um problema psiquiátrico muitas vezes pouco diagnosticado pois os pacientes e familiares frequentemente confundem com algo normal, manias. Realmente ter um sintoma ou outro é natural como checar se fechou a porta, se pegou as chaves, se desligou o gás ou até alguma superstição como pensar em algo positivo quando surge algo ruim na mente ou bater na madeira. O problema surge quando os sintomas são demais, tomam muito tempo e trazem sofrimento. Deixa de ser normal e vira doença.
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TOC consiste em sintomas obsessivos, ou seja, pensamentos recorrentes do tipo “será que desliguei a luz? Será que esse talher está contaminado? Será que alguém doente passou por aqui e posso adquirir o germe?”. Frequentemente esses pensamentos angustiantes são seguidos por comportamentos com intuito de reduzir a ansiedade. São as compulsões como voltar para checar se desligou a luz, lavar a mãos para tirar os germes, desviar do caminho contaminado. Esses comportamentos são repetidos exaustivamente, o que mantém o funcionamento da doença.
Para disgnosticar toc é necessário identificar as obsessões e compulsões e avaliar se existe um prejuízo, tanto na forma de sofrimento quanto através do tempo gasto fazendo os rituais.
O psiquiatra avalia, diagnostica e propõe um tratamento que pode envolver terapia com algum tipo de exposição como as terapias cognitivo-comportamentais e medicação.
E como seria o tratamento de TOC com medicação? Existem muitas opções de medicação voltada para TOC. O profissional aos poucos vai escalonando a dose e evaliando o paciente regularmente. Geralmente são usados inibidores seletivos da recapção de serotonina. É uma caminhada lado a lado com objetivo de levar o paciente à recuperação, voltando a sua vida normal.
Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.
Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.