Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um quadro crônico resultante da incongruência entre as demandas do trabalhador e do trabalho, de modo que o primeiro passa a vivenciar um estado de fadiga e perde o idealismo e satisfação que em outros momentos nutria pela profissão.
Caracteriza-se por uma perda de energia física, mental e emocional devido ao estresse ocupacional. Essa condição foi identificada por trabalhadores e cientistas sociais bem antes de ser abordada em ambiente acadêmico de pesquisa, ou seja, o burnout foi antes avalizado como um real problema ocupacional do que um problema da comunidade científica.
Com o avançar das pesquisas, de um tema considerado da psicologia popular, a síndrome de burnout foi consolidada como uma real entidade referendada por modelos teóricos baseados em conhecimen científico.
Saiba mais abaixo!
A definição de burnout abarca três elementos: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho.
A exaustão é o sentimento de não poder mais oferecer algo de si em virtude de exposição prolongada a demandas excessivas.
A despersonalização é uma atitude distanciada para com colegas de trabalho e pacientes e caracteriza-se por tratar os pacientes e colegas como objetos. Traz consigo o tom emocional de cinismo e crítica exacerbada de tudo e todos.
A baixa realização pessoal no trabalho é o sentimento de não conseguir realizar as tarefas de maneira adequada, em conjunto com uma sensação de incompetência, numa forma auto avaliativa negativa.
O oposto de burnout seria o engajamento no trabalho, caracterizado por um estado positivo de persistente motivação e realização dos empregados, caracterizado por vigor, dedicação e absorção.
É importante diagnosticar e tratar o problema para que o profissional recupere toda sua capacidade e possa se desenvolver profissionalmente.
O tratamento pode ser feito com medicação e psicoterapia. Também, se possível, mudar alguns aspectos do trabalho para reduzir a exaustão como passar do horário, excesso de atenção a mensagens, flexibilizar atitudes perfeccionistas e idealistas em relação à ocupação.
Sabemos também que empresas que dão mais flexibilidade para os funcionários tem menos burnout. Do contrário, se os processos são rígidos, verticalizados a chance de gerar exaustão é maior.
É importante considerar se o trabalho está de acordo com os valores pessoais e se for necesssário fazer uma mudança planejada de emprego ou ocupação.
Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.
Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.