Tratamento de Fobia Social

Que é ansiedade social?

Antes de entendermos a fobia social precisamos falar sobre a ansiedade que envolve o contato interpessoal. Essa ansiedade quando em níveis elevados e que causam sofrimento caracteriza o transtorno de ansiedade social.

Basicamente a pessoa avalia que estar exposto ao julgamento de outra pessoa ou a sua opinião é algo muito perigoso. Tem pensamentos do tipo: “não tenho nada de importante a dizer, não vou conseguir me expressar, vou gaguejar, não vou conseguir falar etc”.

Ansiedade social pode ser normal

Todos em algum momento vão apresentar algum nível de ansiedade nessas situações. É perfeitamente comum ficar apreensivo com a apresentação de um trabalho de conclusão de curso ou uma grande apresentação na empresa onde trabalha. O problema surge quando a ansiedade passa a não ter muito sentido em relação à realidade. O grau de ameaça imaginado pela pessoa é bem maior que o estímulo de fato.

Leia mais abaixo!

Foco do tratamento de fobia social

Como é o tratamento da fobia social?

Quando a fobia social é mais grave?

A fobia social mais grave restringe até comportamentos habituais como pedir comida para um garçom, tirar uma dúvida com um segurança no shopping ou pedir informações na rua.

Não necessariamente que o problema tem que estar voltado para apresentações para várias pessoas. O que demonstra o modo de funcionamento do transtorno é basicamente o sofrimento relacionado a estar diante de uma avaliação real ou imaginária com os sintomas relacionados.

Como é o tratamento da fobia social?

Terapia cognitivo-comportamental é eficaz e no processo são trabalhados os pensamentos distorcidos relacionados à exposição através de questionamentos e de experimentos comportamentais.

As medicações geralmente são utilizadas para modular de maneira mais eficaz a ansiedade do contato social. Dessa forma o paciente consegue se expor mais facilmente às atividades por ele temidas e com o tempo funcionar de maneira mais eficaz e com mais bem estar.

Fobia social tem cura?

Tem tratamento e o paciente consegue ficar bem, se recuperar e interagir de maneira natural. É evidente que alguns traços se mantém, herança do funcionamento ao longo da vida, ou até biológico, uma certa timidez, tendência de se preocupar com a avaliação do outro, por exemplo.

Não usamos o conceito de cura em psiquiatria pois a dinâmica emocional é complexa e os sintomas podem voltar ou não a depender das circunstâncias de vida. O importante é ficar bem e se recuperar para viver uma vida plena.

Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.​​​​​​

Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.

Já era terapeuta cognitivo-comportamental e entendia que o sofrimento está bem relacionado a como as pessoas avaliam a si mesmas, o mundo, as pessoas e o seu futuro. Percebi que ainda faltava algo e decidi estudar. Encontrei vários dados científicos relacionados aos benefícios das práticas de atenção ao presente momento (mindfulness) para ansiedade, depressão, dor, ou seja, conhecimento validado pela ciência como eficaz.

Com o mindfulness, além de trabalhar o conteúdo psicológico, passei a entender também como as pessoas se relacionam com os mesmos. Partindo da perspectiva de que a mente tem um funcionamento próprio,  de que é uma grande fábrica de informações e nem sempre boas sobre nós mesmos. Mudar a atitude diante dos pensamentos, emoções e impulsos tem um benefício para o manejo de ansidade, depressão e eleva o bem estar.

Meu trabalho como psiquiatra integrativo nasce da convicção de que compreender o ser humano vai muito além de tratar sintomas. A mente, o corpo e as emoções formam um sistema único — e cuidar da saúde mental requer olhar para todas essas dimensões com ciência, empatia e presença.

Integro o rigor da psiquiatria baseada em evidências com os recursos da psicologia contemporânea, especialmente as abordagens cognitivo-comportamental (TCC) e de aceitação e compromisso (ACT), aliadas às práticas de mindfulness e à promoção de um estilo de vida saudável e consciente.

Essa integração permite que o paciente compreenda seus processos mentais com clareza, aprenda a lidar melhor com pensamentos e emoções e desenvolva autonomia para cuidar da própria mente.

Mais do que apenas aliviar sintomas, o propósito é favorecer crescimento emocional, equilíbrio e reconexão com o que dá sentido à vida — um caminho de autoconhecimento sustentado pela ciência e guiado por uma escuta verdadeiramente humana.

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