Não é de hoje que a imagem da psiquiatria é atacada no mundo da fantasia, mesmo que a realidade da psiquiatria não tenha nenhum paralelo com a representação que se vê nos filmes, há que se ter responsabilidade quanto a isso.
No filme Glass de M. Night Shyamaln, a psiquiatra cuja atriz foi Sarah Paulson, é representada de maneira estigmatizada e nada condizente com a realidade, uma pessoa fria, distanciada, cruel, que priva seus pacientes da liberdade. Outrora, há uns 2 anos, a Rede Globo fez uma novela também trazendo a representação da psiquiatria de maneira bem imprópria. Respondeu às críticas, relatando que a ficção não precisa estar de acordo com a realidade. Não digo eu aqui que a ficção não tem permissão para viajar e experimentar, mas contribuir para algo que ainda é real que é a desinformação sobre a psiquiatria, o papel do psiquiatra e os transtorno mentais, isso sim é um grande desserviço e todos temos responsabilidade em algo muito importante. Quantas pessoas não buscam ajuda por terem essa imagem negativa da psiquiatria e do psiquiatra, quando de verdade NADA tem a ver com o que é apresentado nas telas?
Pasmem, no filme iria acontecer um procedimento semelhante a uma lobotomia, isso não existe há mais de um século. Para que representar isso como se fosse a realidade, algo fantasioso que fica se emaranhando no imaginário da população?
Espero mais responsabilidade da parte criativa, a imagem da psiquiatria já sofreu demais.