Entenda o tratamento da depressão.
Já escutei de algumas pessoas comentários que buscam minimizar a depressão, como se fosse fraqueza, falta de força de vontade ou preguiça.
Também não é incomum no meu consultório alguns pacientes se questionarem qual seria a diferença entre depressão e tristeza.
Depressão é um quadro clínico mais abrangente que tão somente a tristeza, uma emoção comum e normal que sentimos quando constatamos que alguma coisa nas nossas vidas não está como desejaríamos.
Na depressão a tristeza é um dos sintomas, mas existem muitos outros como falta de energia, fadiga, desesperança, insônia, falta de vontade de fazer as coisas do dia a dia, pensamentos negativos recorrentes e freqüentemente pensamentos relacionados à morte ou até de suicídio.
Para ser depressão, a gama de sintomas deve trazer um sofrimento que foge da tristeza comum, e produz um impacto seja na forma de sofrimento ou na capacidade da pessoa realizar e apreciar as atividades da sua vida.
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A depressão pode surgir por vários motivos. Muitas vezes existe um fator estressor que mexe com as resiliências da pessoa e a deixa vulnerável. Em outros casos existe uma vulnerabilidade psicológica trazida a partir das vivências pessoais. Ou então a genética pode ser um fator de maior fragilidade biológica.
O tratamento de depressão pode envolver uso de medicação (antidepressivo) e a isso damos o nome de tratamento psiquiátrico, ou haver uma associação com psicoterapia.
Psicoterapias eficazes para depressão são terapia cognitivo-comportamental, terapia comportamental, terapia de aceitação e compromisso e terapia interpessoal.
Nas consultas psiquiátricas o profissional avalia os sintomas, questões clínicas, funcionamento, fatores de risco, segurança do paciente e medicações. Avalia também necessidade de outras abordagens e possíveis encaminhamentos.
Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.
Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.