Cigarro eletrônico e tabagismo

Escrito por Caio Almeida

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Os cigarros eletrônicos em sua maioria tem nicotina, geralmente em menor quantidade que o cigarro comum, e não se sabe qual seria o nível seguro, se é que existe um, portanto não há consistência de informações que atestem que não há risco cardiovascular ou de promoção de câncer pela nicotina inalada.

Cigarro eletrônico e tabagismo.

Respondendo a uma dúvida de um paciente, falo um pouco sobre uma modalidade recente dos últimos anos, o cigarro eletrônico. Que seria um cigarro eletrônico? Nada mais que um dispositivo que tem como objetivo simular o fumo, mas sem a inalação de fumaça. Dispõe de uma bateria, um vaporizador e um líquido que pode conter ou não nicotina e substância aromatizante.

Os níveis de nicotina padrões costumam ser de 6, 12, 18 e 24 mg/ml, contudo estudos demonstraram que nas análises as concentrações eram diferentes do que indicava o fabricante.

As perguntas são: é seguro utilizar cigarro eletrônico e funciona como método para se tentar parar de fumar?

Os dados são controversos, mas muitos estudos vem sendo produzidos nos últimos anos. Algumas informações indicam que há menor exposição a substâncias carcinogênicas pois não há inalação de fumaça, mas que os vapores podem conter também substâncias que favorecem câncer, apesar de talvez em menor quantidade. Não há segurança, no entanto, sobre que níveis seriam esses.

Os cigarros eletrônicos em sua maioria tem nicotina, geralmente em menor quantidade que o cigarro comum, e não se sabe qual seria o nível seguro, se é que existe um, portanto não há consistência de informações que atestem que não há risco cardiovascular ou de promoção de câncer pela nicotina inalada.

Os resultados relacionados a tratamento de tabagismo são inconsistentes. Houve estudos que demonstraram redução de uso de cigarro comum em relação às terapias padrões de reposição como goma de mascar e adesivo, mas 80% das pessoas que usavam cigarro eletrônico e pararam de fumar mantiveram o uso do dispositivo, enquanto entre os tratados com a terapia padrão, somente 9%. Outros estudos não mostraram um benefício do uso de cigarro eletrônico perante outros métodos.

Nos Estados Unidos vários estados proibiram o uso em locais livres de cigarro e a venda só é permitida para maiores de 18 anos. No Brasil o uso foi banido.

Outro ponto que parece ter uma evidência mais consistente, mas ainda em estudo é a possibilidade de o cigarro eletrônico favorecer  manutenção do comportamento de fumar que pode favorecer a reincidência de uso de cigarro comum.

Concluindo, os dados são inconsistentes para se indicar uso de cigarro eletrônico para tratamento de tabagismo e no Brasil foi proibido pela insegurança.

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