Existem vários fatores relacionados à procrastinação. Um ponto em especial me chama atenção; a dificuldade de dar o primeiro passo. É incrível que quase sempre o mecanismo é do mesmo jeito. A pessoa pensa em algo que precisa fazer ou entregar, geralmente alguma função mais “chata, sente um desconforto, talvez ansiedade, desânimo, desmotivação e desvia a atenção para algo mais prazeroso ou simplesmente para e não faz. Isso gera alívio e prazer. Afastar-se da temida atividade se torna uma sensação “boa”.
O problema é o começo
É como brincar num balanço. No início tem um estímulo maior, um impulso. Demanda maior motivação e ação e depois é como se fosse mais naturalmente sem muito esforço e fica divertido. O que é “chato” e evitado por nós, em geral nem é, mas estamos tão presos ao mecanismo da emoção (ansiedade, desânimo, tristeza) do início da atividade que não conseguimos dar o primeiro passo.
Procrastina piora o humor no médio prazo
O resultado de não fazer é um alívio momentâneo produzido pelo afastamento da situação temida da mente, no entanto, um pouco mais adiante o humor volta a piorar em conjunto com sensação de culpa e auto-crítica. O resultado é nos sentirmos desmoralizados, incapazes, dificultando ainda mais fazer a atividade.
Cérebro racional x cérebro emocional
A mensagem é a seguinte. A atividade provavelmente é simples como pesquisar sobre um curso de inglês e enviar email a uma empresa para fazer um orçamento, mas o nosso cérebro emocional tenta nos afastar do que é minimamente desagradável. E isso em desacordo com a nossa mente racional que considera a atividade pendente como importante de ser realizada. A emoção vence o nosso cérebro racional e entramos num ciclo vicioso de desmoralização.
O processo de vencer a procrastinação envolve a repetição do novo hábito de não procrastinar, lidando com o desconforto inicial até que o comportamento se consolide. E isso acontece. Acredite em mim!