Sabia que raiva pode ser também um bom sentimento?

Escrito por Caio Almeida

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a raiva? Essa está associada geralmente a reações consideradas inapropriadas. Por exemplo, quando as pessoas estão com raiva podem ser agressivas, até fisicamente. Seria possível a raiva ter uma papel também funcional?

Emoção tem a ver com ação

Outro dia após sentir um impulso de raiva me vi pronto para reagir a uma circunstância. Fiquei curioso e reflexivo quanto a isso. Sabe-se que cada emoção tem um papel ou função. Origem da palavra emoção é do latim, motio que significa movimento. Que coisa esquisita não? Por que emoção tem relação com movimento? Alguém já pensou nisso? Parece estranho mas tem tudo a ver.

Sempre existe um clima emocional que envolve o que pensamos e como agimos. Mesmo quando você acha que não pensa ou sente algo quando inicia uma ação você o faz. Talvez não note o pensamento e talvez a emoção seja algo fugaz ou neutro, mas isso também é sentir. Em alguns momentos a emoção é muito evidente quando estamos ansiosos, tristes, alegres ou com raiva. Vamos refletir sobre esses momentos. Qual é nossa tendência por exemplo diante da ansiedade? O que sentimos e pensamos?

Certamente vivenciamos um impulso de fugir, nos esconder ou agir para neutralizar algo desagradável, algum desfecho ruim que surge nas nossas mentes. “Onde está meu filho que não chega?” – pensa uma mãe à espera de seu filho à noite. Está ansiosa, andando de um lado para o outro e refletindo se liga mais uma vez ou sai de casa para ver se está chegando. A mãe deseja ver o filho em segurança e é impelida a se mexer para conseguir isso. Esse é o papel da ansiedade. Não é uma emoção negativa. Ela é bem importante e você pode encontrar mais informações em outros textos.

Função positiva da raiva no comportamento

E a raiva? Essa está associada geralmente a reações consideradas inapropriadas. Por exemplo, quando as pessoas estão com raiva podem ser agressivas, até fisicamente. Seria possível a raiva ter uma papel também funcional? Sim! E tanto comportamentalmente, por exemplo diante de uma situação em que há a necessidade de proteção ou de sermos incisivos ou de maneira mais sutil, como uma ferramenta de proteção do nosso aparelho psíquico. Vamos simplificar isso.

Raiva protege o ambiente interno emocional

Por acaso já notou quando é invadido por um turbilhão de pensamentos relacionados a algum acontecimento que gerou raiva? Deve ter pensado que foi injustiçado, que alguém agiu de maneira desleal com você e talvez realmente isso tenha acontecido. Nesse momento por uma circunstância ou outra é importante agir com fortaleza pois existem muitas coisas acontecendo. Talvez surjam pensamentos do tipo: “como eu fiz isso? Eu não dou conta. Como fulano pode agir assim? Eu mereci. Eu sou incapaz de agir diante disso”.

De repente surge uma discreta raiva do que houve. Você até tem um pensamento agressivo e surge na mente: “Eu não vou deixar isso me derrubar e fulano não merece essa dor”.

Nesse momento a pessoa se mexe e diz para si de maneira convicta: “não vou me abater diante disso e vou reagir; eu consigo!”

A raiva cria uma redoma em torno do nosso eu permite a integridade do mesmo para que se possa agir diante da adversidade. Não significa que devemos agredir as pessoas ou agir de maneira inapropriada, muito pelo contrário, é desenvolver a habilidade de reconhecer a raiva e canalizá-la para uma resposta funcional, e uma delas é fortalecer a aparelho psíquico diante de uma tempestade interna.

Em breve escrevo outro texto. Até mais!

 

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