Tratamento de Ansiedade

Tratamento de Ansiedade? Inicialmente havia pensando em colocar o título “como tratar a ansiedade”, mas de certa forma, o que quero abordar é como a ansiedade funciona e quais ferramentas são eficazes para lidar com ela. Tomo um pouco de cuidado com a palavra tratar para que não haja confusão com eliminar a ansiedade, coisa que é impossível.

Existe a ansiedade normal que  pode ser desconfortável, mas não demanda  tratamentos. E existem os transtornos de ansiedade que precisam de intervenção. Vamos entender um pouco mais abaixo!

Foco do tratamento de ansiedade

Como é o tratamento da ansiedade?

Tratamento da ansiedade

A ansiedade é a emoção relacionada às perspectivas futuras de se envolver em qualquer situação de risco real ou imaginária. Na verdade como está no futuro sempre é algo inferido, portanto não é presente, nem real.
 
O papel dela é levar a pessoa à ação a partir da análise futura de desfechos negativos. Ansiedade não é algo ruim.
 
A questão é quando ela se torna muito frequente e em intensidade que causa sofrimento e prejuízo. Temos então os transtornos de ansiedade.
 
Quando a os sintomas ansiosos são voltados para vários aspectos, mas sem necessariamente um tema dominante, chamamos de transtorno de ansiedade generalizada. São preocupações com trabalho, sono, compromissos, entregas, parentes, competência, etc. Esse diagnóstico de ansiedade demanda tratamento.
 
Os aspectos psicológicos são discutidos em vários artigos no blog. Você pode fazer busca com a ferramenta no canto superior direito.
 
Medicação funciona no tratamento de ansiedade e é bem validada por estudos científicos. Terapia funciona e as abordagens cognitivo-comportamentais tem bastante eficácia.
 
Como boa parte da ansiedade surge pela intenção de controlar o estado interno, a própria ansiedade e a perspectiva negativa, abordagens que envolvam mudar a atitude para com o pensamento, as emoções e impulsos podem contribuir. Existem várias ferramentas que trabalham isso como a própria terapia cognitivo-comportamental, terapia de aceitação e compromisso e abordagens de mindfulness. São todos tratamentos eficazes para ansiedade.

Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.​​​​​​

Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.

Já era terapeuta cognitivo-comportamental e entendia que o sofrimento está bem relacionado a como as pessoas avaliam a si mesmas, o mundo, as pessoas e o seu futuro. Percebi que ainda faltava algo e decidi estudar. Encontrei vários dados científicos relacionados aos benefícios das práticas de atenção ao presente momento (mindfulness) para ansiedade, depressão, dor, ou seja, conhecimento validado pela ciência como eficaz.

Com o mindfulness, além de trabalhar o conteúdo psicológico, passei a entender também como as pessoas se relacionam com os mesmos. Partindo da perspectiva de que a mente tem um funcionamento próprio,  de que é uma grande fábrica de informações e nem sempre boas sobre nós mesmos. Mudar a atitude diante dos pensamentos, emoções e impulsos tem um benefício para o manejo de ansidade, depressão e eleva o bem estar.

Meu trabalho como psiquiatra integrativo nasce da convicção de que compreender o ser humano vai muito além de tratar sintomas. A mente, o corpo e as emoções formam um sistema único — e cuidar da saúde mental requer olhar para todas essas dimensões com ciência, empatia e presença.

Integro o rigor da psiquiatria baseada em evidências com os recursos da psicologia contemporânea, especialmente as abordagens cognitivo-comportamental (TCC) e de aceitação e compromisso (ACT), aliadas às práticas de mindfulness e à promoção de um estilo de vida saudável e consciente.

Essa integração permite que o paciente compreenda seus processos mentais com clareza, aprenda a lidar melhor com pensamentos e emoções e desenvolva autonomia para cuidar da própria mente.

Mais do que apenas aliviar sintomas, o propósito é favorecer crescimento emocional, equilíbrio e reconexão com o que dá sentido à vida — um caminho de autoconhecimento sustentado pela ciência e guiado por uma escuta verdadeiramente humana.

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