Depressão

Entenda o tratamento da depressão.

Já escutei de algumas pessoas comentários que buscam minimizar a depressão, como se fosse fraqueza, falta de força de vontade ou preguiça.

Depressão e tristeza são a mesma coisa?

Também não é incomum no meu consultório alguns pacientes se questionarem qual seria a diferença entre depressão e tristeza.

Depressão é um quadro clínico mais abrangente que tão somente a tristeza, uma emoção comum e normal que sentimos quando constatamos que alguma coisa nas nossas vidas não está como desejaríamos.

Quais são os sintomas de depressão?

Na depressão a tristeza é um dos sintomas, mas existem muitos outros como falta de energia, fadiga, desesperança, insônia, falta de vontade de fazer as coisas do dia a dia, pensamentos negativos recorrentes e freqüentemente pensamentos relacionados à morte ou até de suicídio.

Para ser depressão, a gama de sintomas deve trazer um sofrimento que foge da tristeza comum, e produz um impacto seja na forma de sofrimento ou na capacidade da pessoa realizar e apreciar as atividades da sua vida.

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Foco do tratamento de depressão

Como é o tratamento de depressão?

Como a depressão surge?

A depressão pode surgir por vários motivos. Muitas vezes existe um fator estressor que mexe com as resiliências da pessoa e a deixa vulnerável. Em outros casos existe uma vulnerabilidade psicológica trazida a partir das vivências pessoais. Ou então a genética pode ser um fator de maior fragilidade biológica.

Como é o tratamento de depressão?

O tratamento de depressão pode envolver uso de medicação (antidepressivo) e a isso damos o nome de tratamento psiquiátrico, ou haver uma associação com psicoterapia.

O tratamento de depressão pode ser com psicoterapia?

Psicoterapias eficazes para depressão são terapia cognitivo-comportamental, terapia comportamental, terapia de aceitação e compromisso e terapia interpessoal.

Como é a consulta de psiquiatria no tratamento de depressão?

Nas consultas psiquiátricas o profissional avalia os sintomas, questões clínicas, funcionamento, fatores de risco, segurança do paciente e medicações. Avalia também necessidade de outras abordagens e possíveis encaminhamentos.

Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.​​​​​​

Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.

Já era terapeuta cognitivo-comportamental e entendia que o sofrimento está bem relacionado a como as pessoas avaliam a si mesmas, o mundo, as pessoas e o seu futuro. Percebi que ainda faltava algo e decidi estudar. Encontrei vários dados científicos relacionados aos benefícios das práticas de atenção ao presente momento (mindfulness) para ansiedade, depressão, dor, ou seja, conhecimento validado pela ciência como eficaz.

Com o mindfulness, além de trabalhar o conteúdo psicológico, passei a entender também como as pessoas se relacionam com os mesmos. Partindo da perspectiva de que a mente tem um funcionamento próprio,  de que é uma grande fábrica de informações e nem sempre boas sobre nós mesmos. Mudar a atitude diante dos pensamentos, emoções e impulsos tem um benefício para o manejo de ansidade, depressão e eleva o bem estar.

Meu trabalho como psiquiatra integrativo nasce da convicção de que compreender o ser humano vai muito além de tratar sintomas. A mente, o corpo e as emoções formam um sistema único — e cuidar da saúde mental requer olhar para todas essas dimensões com ciência, empatia e presença.

Integro o rigor da psiquiatria baseada em evidências com os recursos da psicologia contemporânea, especialmente as abordagens cognitivo-comportamental (TCC) e de aceitação e compromisso (ACT), aliadas às práticas de mindfulness e à promoção de um estilo de vida saudável e consciente.

Essa integração permite que o paciente compreenda seus processos mentais com clareza, aprenda a lidar melhor com pensamentos e emoções e desenvolva autonomia para cuidar da própria mente.

Mais do que apenas aliviar sintomas, o propósito é favorecer crescimento emocional, equilíbrio e reconexão com o que dá sentido à vida — um caminho de autoconhecimento sustentado pela ciência e guiado por uma escuta verdadeiramente humana.

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