Tratamento de Insônia

A insônia como um sintoma

Problemas para dormir são muito comuns e relacionados a vários quadros emocionais como depressão, pânico e ansiedade generalizada. Ansiedade relacionada a qualquer fator aumenta a vigilância da pessoa e dificulta o início e manutenção do sono. A noite tende a ter uma qualidade ruim e com muitos despertares.

Insônia psicológica

Existe um outro tipo de ansiedade, diferente do anterior, pois está relacionada ao próprio sono. Esse é o componente da insônia psicológica ou primária. Em virtude de dificuldade recorrente de conciliar o sono a pessoa passa a temer e ficar apreensiva à medida que a noite vai chegando. Tem pensamentos como: “vou ficar rolando na cama, amanhã vou ficar mal pois não vou conseguir dormir, não dá para viver sem um boa noite de sono”

Foco do tratamento de insônia

Como é o tratamento da insônia?

A dependência de medicação para insônia

Algo semelhante acontece com pessoas que tratam insônia cronicamente com medicações hipnóticas. Muitas vezes desenvolvem dependência em virtude de terem apresentado uma melhora do padrão de sono com o remédio e não tolerar mais noites não tão bem dormidas, algo normal e natural de se acontecer com qualquer pessoa.

Como a insônia se perpetua?

O ciclo de manutenção da insônia psicológica é, portanto, temer a noite de sono, ficar ansioso e tenso, não dormir, ficar cansado, o que por sua vez gera mais temor com a próxima noite.

Como é o tratamento para insônia?

O tratamento envolve questionar os pensamentos relacionados ao prejuízo e desconforto relacionados com a noite mal dormida. Perceber que nem sempre o sono terá a mesma qualidade e não significa que virão várias noites de insônia.

Qual é o papel das medicações para insônia?

As medicações devem ser usadas por curtos períodos de tempo. Não há segurança estabelecida para períodos de mais de 3 meses. No entanto podem ser utilizadas por mais tempo com indicação adequada.

Sou formado em terapia cognitivo-comportamental (Centro de terapia Cognitiva – CTC Veda) e mindfulness (Universidade Federal de São Paulo). Comecei minha atuação profissioanal como psiquiatra e desde a residência já tinha interesse nas terapias/ psicoterapias. Assim que finalizei essa formação ingressei numa especialização em terapia cognitivo-comportamental.​​​​​​

Ficava intrigado com funcionamento da mente e pude compreender com o curso que geralmente o sofrimento se deve mais à forma como as pessoas vêem uma situação do que pela situação em si. Achei esse conceito maravilhoso e com grande potencial terapêutico.

Já era terapeuta cognitivo-comportamental e entendia que o sofrimento está bem relacionado a como as pessoas avaliam a si mesmas, o mundo, as pessoas e o seu futuro. Percebi que ainda faltava algo e decidi estudar. Encontrei vários dados científicos relacionados aos benefícios das práticas de atenção ao presente momento (mindfulness) para ansiedade, depressão, dor, ou seja, conhecimento validado pela ciência como eficaz.

Com o mindfulness, além de trabalhar o conteúdo psicológico, passei a entender também como as pessoas se relacionam com os mesmos. Partindo da perspectiva de que a mente tem um funcionamento próprio,  de que é uma grande fábrica de informações e nem sempre boas sobre nós mesmos. Mudar a atitude diante dos pensamentos, emoções e impulsos tem um benefício para o manejo de ansidade, depressão e eleva o bem estar.

Meu trabalho como psiquiatra integrativo nasce da convicção de que compreender o ser humano vai muito além de tratar sintomas. A mente, o corpo e as emoções formam um sistema único — e cuidar da saúde mental requer olhar para todas essas dimensões com ciência, empatia e presença.

Integro o rigor da psiquiatria baseada em evidências com os recursos da psicologia contemporânea, especialmente as abordagens cognitivo-comportamental (TCC) e de aceitação e compromisso (ACT), aliadas às práticas de mindfulness e à promoção de um estilo de vida saudável e consciente.

Essa integração permite que o paciente compreenda seus processos mentais com clareza, aprenda a lidar melhor com pensamentos e emoções e desenvolva autonomia para cuidar da própria mente.

Mais do que apenas aliviar sintomas, o propósito é favorecer crescimento emocional, equilíbrio e reconexão com o que dá sentido à vida — um caminho de autoconhecimento sustentado pela ciência e guiado por uma escuta verdadeiramente humana.

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