Uma auto-estima elevada pode ser algo ruim?

Escrito por Caio Almeida

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Entenda como uma auto-estima elevada pode prejudicar seu desenvolvimento!

Quando se fala em auto-estima a ideia que surge em nossas mentes é algo positivo, benéfico. Ter uma auto-estima elevada seria sinônimo de satisfação, alegria, bem estar e conquistas. Será que de fato a psicologia demonstra isso? Veremos.

Que é auto-estima?

Que seria auto-estima? A própria expressão já se explica. É a visão ou imagem que cada pessoa tem de si. Como a pessoa estima a si, numa definição ao pé da letra. Parece lógico pensar que se a visão de si é positiva o resultado evidentemente será promissor, ou seja, a pessoa com essa interpretação de si colheria tão somente bons resultados. A psicologia foi a campo estudar o tema com pesquisas e se observou que não necessariamente essa conclusão é verdadeira. Uma auto-imagem positiva de si é benéfica quando existe uma condição. Qual seria ela? Não estar apegado rigidamente à ideia, imagem, auto-estima.

O apego à imagem positiva de si

Vamos entender melhor. Uma visão positiva de si traz emoções positivas como entusiasmo e motivação, no entanto, se há um apego exagerado a essa imagem  a pessoa fica vulnerável à necessidade de mantê-la em quaisquer circunstâncias. Se surge um problema que possa afetar cognitivamente essa imagem, a mente da pessoa tentará neutralizar o desconforto e ideias de alguma forma. “Ora, você é linda e brilhante, sempre foi assim, os outros que não te entendem. Você é inteligente, seu chefe que é ingrato. Você é um ótimo pai, sua esposa que se queixa demais”.

A mente tenta esconder as falhas

Ficou claro com os exemplos? A mente com uma mentalidade rígida relacionada a auto-estima tende a adotar estratégias diversionistas, buscando esconder as falhas para manter o status: “eu sou inteligente, eu sou bom, eu sou bonito”. Que seria de uma pessoa sem a possibilidade de falhar? Existe desenvolvimento e crescimento sem o reconhecimento dos aspectos vulneráveis da nossa individualidade? Não!! Como a pesquisadora, Brené Brown, estudiosa da vulnerabilidade, coloca: vulnerabilidade não é sinal de fraqueza, mas é onde reside a força da pessoa (não com essas palavras).

Uma pessoa forte, falha, dúvida, se questiona e se reinventa. E portanto uma auto-estima elevada e que busca se manter dessa forma nas diversas circunstâncias é uma pedra no caminho do desenvolvimento, isto é, não é algo positivo.

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