Esta pequena discussão será baseada nas diretrizes de um grupo de estudos canadense, importante referência no tratamento de depressão mundialmente (CANMAT).
Existem atualmente inúmeras abordagens de tratamento psicológico, nem todas com eficácia comprovada para melhora de quadros depressivos. É importante entender que há dois momentos distintos no tratamento, a fase aguda (até remissão dos sintomas) e a de manutenção (após remissão com intuito de manter os ganhos).
De acordo com os dados existentes mais recentes as linhas mais eficazes da fase aguda são terapia cognitivo-comportamental (TCC), ativação comportamental (AC) e terapia interpessoal (TI). Surgindo como uma opção atualmente de menor nível de evidência, terapia cognitivo-comportamental baseada em mindfulness (MBCT, do inglês).
Para a a fase de manutenção as duas com maior nível de evidência são TCC e MBCT e num segundo grupo TI e AC.
É importante entender que uma linha de terapia psicológica possui características distintas pois é baseada num entendimento do adoecimento emocional próprio com uma teoria específica e intervenções que atuem de acordo com essas informações teóricas com objetivo de quebra o ciclo de adoecimento, trazendo melhora sintomática. No entanto existem elementos em comum importantes que sabidamente são os núcleos responsáveis por esses benefícios. Sobre isso discutirei num próximo texto.
Dr Caio Magno – Psiquiatra, terapeuta cognitivo-comportamental e instrutor de mindfulness.