Parece estranha, essa afirmação, não? Talvez surja até uma imagem bizzarra na mente? Para que serviria uma prática dessas? Produz algum resultado positivo?
Por incrível que pareça, deixando de lado a estranheza, é uma prática até conhecida entre alguns meios da psicologia como o pessoal da ACT (terapia de aceitação e compromisso) e do mindfulness. O que seria a prática ou meditação do funeral?
É uma ferramenta de visualização ou imaginação da experiência do próprio funeral. A pessoa sentada numa posição confortável busca imaginar os vários aspectos de como seria seu funeral. Quem estaria lá? O que essas pessoas diriam? O que eu gostaria de ter realizado na vida que não fiz? Sou grato por quais experiências que vivi? Com que gostaria de ter passado mais tempo? O que mais gostei de fazer? O que gostaria de ter mudado?
É uma experiência forte para muitos. Permite que a pessoa entre em contato com aspirações e decepções, sonhos e frustrações. E o objetivo é permitir identificar desejos e valores intrínsecos a cada praticante. Costuma gerar algum aspecto de transformação, alguma fagulha.
Não é incomum passarmos a vida desconectados de quem somos, de nossos valores e aspirações, reagindo a ela ao invés de vivê-la e saboreá-la. A meditação do funeral é uma ferramenta interessante que pode ser usada para entrar em contato com essa fonte de energia e motivação. E caberia a você utilizar a energia e resultado dessa fonte como desejasse.