Boa parte dos problemas emocionais está relacionada à evitação. Na depressão, diante de vivencias internas (emoções e pensamentos) ou externas (eventos estressantes) mais desafiadoras a tendência é fugir, isolar-se de tal modo que a vida perde a viço. Nos quadros ansiosos surge uma ameaça imaginária de perigo à integridade da pessoa, seja de maneira mais objetiva ou subjetiva, de tal modo que o indivíduo evita enfrentar o desconforto da vivência emocional aflitiva ou da situação concreta.
Do ponto de vista da ciência comportamental, evitar estados internos ou externos que geram desconforto faz parte do mecanismo de manutenção deles mesmos. A depressão e ansiedade se mantem, justamente, pois é intolerável para a pessoa permitir um espaço interno dentro delas onde tais desconfortos possam existir e partir de maneira natural.
Fazer o que é necessário significa ir em busca do que se deseja, projetos pessoais, metas, objetivos que enriquecem a vida, e no caminho de maneira consciente lidar com os desconfortos, sem evitá-los.