Crises recorrentes de ansiedade
Síndrome do pânico ou transtorno de pânico é um transtorno de ansiedade cuja principal característica é apresentar crises recorrentes com as seguintes características: falta de ar, apreensão, medo de morrer, medo de ter uma crise, coração acelerado, formigamento, tontura, medo de enlouquecer. Essas crises costumam surgir do nada, mas quase sempre existe algum tipo de gatilho interno, como um pensamento, emoção ou sensação desconfortável.
Quem tem crises de pânico recorrentes tem a síndrome do pânico. Não necessariamente, uma pessoa que apresentou uma crise isolada na vida, em alguma situação de maior estresse, tem o diagnóstico.
Síndrome do pânico e o Medo dos próprios sintomas
O que geralmente faz o quadro clínico se desenvolver é a apreensão com os próprios sintomas das crises. Pelo receio ou vontade de não querer sentir o desconforto, a pessoa busca utilizar estratégias que reforçam o problema. Quanto mais medo da crise existe, mais ansiedade surge. É um ciclo vicioso.
Não é só na síndrome no pânico que existe esse ciclo vicioso. O mesmo ocorre com outros problemas psiquiátricos como depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, etc. Em todos esses casos a tentativa de controlar ou se livrar do sentimento (evitação experiencial) amplifica as emoções. Apesar de ser intuitivo tentar se livrar de algo desconfortável como uma emoção desagradável, essa atitude só piora o problema.
Como diagnosticar síndrome do pânico?
O psiquiatra avalia história da queixa do paciente, que relata crises recorrentes de ansiedade que surgem do nada, e com as características comentadas acima. Essas crises não estão associadas a outro transtorno psiquiátrico e nem são decorrentes de alguma doença física. Também são pedidos alguns exames laboratoriais e em algumas ocasiões eletrocardiograma. Apesar de serem solicitados, a expectativa é de que venham normais.
Como tratar síndrome do pânico?
O tratamento de síndrome do pânico é individualizado pelo psiquiatra. Mas de maneira geral se usa uma inibidor seletivo da recaptação de serotonina. Também pode ser indicada terapia cognitivo-comportamental sozinha ou em associação com a medicação.
Dr. Caio Magno – Psiquiatra e terapeuta – Moema – São Paulo – SP
