Num livro recente que li da escritora Lílian Soares, chamado procrastinação, me deparei com uma analogia muito interessante. Ela coloca que a mente é semelhante às águas de um lago. Só de ler essa passagem automaticamente o sentido me surgiu. Realmente é uma incrível forma de representar a mente.
Imagine só, como as águas de um lago, nosso espaço interno formado por pensamentos e emoções, podem estar mais tranquilos e pacíficos ou mais turbulentos. Quando estamos ansiosos e preocupados com alguma coisa, com a mente acelerada refletindo sem parar, seria como se fosse um lago numa tempestade. Os ventos e chuva remexem as águas e se torna até perigoso navegar. Sem que seja da nossa vontade a tempestade passa após minutos a horas e o sol volta a aparecer. As águas se tornam calmas, aparentemente imóveis e refletem a bela paisagem ao redor. Nossos pensamentos se tornam mais infrequentes e tranquilos e as emoções mais amenas.
A mente se refere à água, que vai e vem, num movimento resultante das forças da natureza. O porção de terra e rocha do lago, de maneira análoga, se refere ao nosso eu observador, onde a mente se expressa. Independente da chuva e vento, das mudanças de volume do líquido transparente, a estrutura do lago se mantém imóvel, sólida, permanente. Os pensamentos e emoções vem e vão ao sabor do tempo, dos minutos, das horas. O lago não perde seu tempo se queixando de que as águas estão mais turbulentas ou mais tranquilas. Ele observa e aguarda. Quando o sol surge e se forma um vistoso espelho, simplesmente aprecia, nota, vivencia e reconhece.
A lição por trás da metáfora é o controle e sobre isso falo mais adiante…
